DELASMOP
Sobre nós
Mais de 25% das espécies de raias e tubarões (elasmobrânquios) estão ameaçadas de extinção. Estes animais são vulneráveis a diversas atividades humanas como a pesca excessiva (direta ou como pesca acessória), uma vez que crescem lentamente e produzem um baixo número de crias em cada ciclo reprodutivo. A situação é ainda mais preocupante para as espécies de elasmobrânquios de profundidade. uma vez que apresentam ciclos de vida mais lentos e o conhecimento do estado das suas populações é difícil de avaliar dado que vivem em habitats de difícil acesso. Por isso, são, de uma forma geral, animais vulneráveis e são ameaçados maioritariamente pela sobrepesca e pela captura acessória (bycatch). Muitos trabalhos de investigação têm acontecido nas últimas décadas para perceber melhor os aspetos da biologia, ecologia e conservação dos elasmobrânquios, mas de uma maneira geral, seu conhecimento ainda é limitado e isto impede que ações de conservação sejam propostas e executadas de forma eficaz.
Assim, o projeto DELASMOP pretende promover a conservação dos elasmobrânquios de profundidade, através do desenvolvimento de procedimentos que reduzam a sua captura e mortalidade decorrentes das atividades de pesca de arrasto de crustáceos no Atlântico Nordeste, mais precisamente nas costas sul e sudoeste de Portugal. Para tal, foram definidos os seguintes objetivos específicos:
Identificar as espécies de elasmobrânquios de profundidade mais frequentemente capturados como pesca acessória nas atividades de arrasto e correlacionar estas capturas com os dados ambientais e procedimentos operacionais de pesca. Esta informação será cruzada com a obtida em pescas científicas, durante as quais será possível controlar alguns procedimentos de captura, e assim identificar os procedimentos de pesca que resultem em menores capturas e mortalidades.
Avaliar o efeito da pesca comercial de arrasto na sobrevivência dos elasmobrânquios de profundidade. As taxas de sobrevivência a curto prazo serão determinadas a bordo e através de ensaios em laboratório e as taxas de sobrevivência a longo prazo serão estimadas através da marcação de indivíduos.
Avaliar a probabilidade de captura das diferentes espécies de elasmobrânquios de profundidade durante as atividades de pesca de arrasto, combinando dados sobre a sua ecologia com procedimentos não-letais que informem sobre o uso do habitat em diferentes escalas temporais.
Elaborar um guia com sugestões de procedimentos de pesca e práticas de manuseamento de elasmobrânquios a bordo de forma a diminuir o número de indivíduos capturados pela pesca de arrasto e a sua mortalidade após a rejeição para o mar.
Organizar reuniões participativas com as partes interessadas (pescadores, associações, institutos de investigação) para identificação dos principais desafios e para divulgação dos resultados obtidos pelo DELASMOP. De forma a divulgar os resultados para o público em geral, serão utilizadas as plataformas digitais (website e mídias sociais) e serão realizadas atividades de disseminação nos Centros de Ciência Viva no Norte e Sul de Portugal.
Equipa
Parceiros
O projeto DELASMOP resulta da parceria entre o Centro de Ciências do Mar do Algarve (CCMAR) da Universidade do Algarve, o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Porto, e o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). É financiado pela Save our Seas Foundation e pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e conta também com apoio técnico por parte da empresa OLSPS marine.
Recursos
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